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Om Namah Shivaya


Estive mantrando para Shiva esses dias, longos dias...

O tempo me pareceu estendido.


Shiva é um deus Hindu, destrói todas as ilusões e reconstrói seu mundo de forma harmoniosa.


Na prática isso foi um verdadeiro caos interno. Não sei como é para as outras pessoas, mas pra mim, foi uma experiência valiosíssima, porém bem desafiadora.



Shiva me fez parar e sentir


Eu não peço nada para Shiva, nem tenho coragem, apenas mentalizei algo que me era muito precioso e repeti o matra "Om Namah Shivaya".


O que Shiva me traria sobre o assunto, se assim fosse do meu merecimento, eu respeitaria.


Interessante é que Shiva não decidi nada por nós, não é sobre isso, mas sim uma “Luz” como o Sol para nos tirar de toda ilusão e poder enxergar a verdade sobre o assunto e poder nos encontrar em meio ao caos e renascer das cinzas.


A minha intenção, razão, propósito, motivo desse pedido de "socorro" para Shiva foi totalmente destruída em menos de uma semana e mantrar já não pareceria fazer mais sentido, mas como havia iniciado o rezo, decidi continuar minha temporada de mantras.


Shiva nesse período me levou para uma jornada no meu "eu interior", com muitas memórias, principalmente da minha infância, trazendo à tona dores que eu fingia não sentir.


Geralmente são essas as piores.


"Desligamos" nosso sentir para conseguir continuar.

O problema é que se não encararmos de frente essa dor, ciclos dolorosos vão passar a se repetir mesmo que com pessoas diferentes.


É uma forma da vida te dizer que precisa se curar.


Shiva me ensinou a importância da minha insignificância.


Destruiu meu ego em menos de uma semana, colocando-me em um lugar bem desconfortável chamado realidade.


Muitas vezes o outro não nos oferece nem o mínimo, chamado nessa terra como respeito e nessa hora nos deparamos com um sentimento de pequenez tão gigante que se não tivermos amor-próprio nos diminuímos na capacidade de falta de afeto e escassez do outro.


Afinal, só conseguimos dar o que temos.

Triste é saber que o outro não entende nem o que é respeito, que dirá amizade.


E isso é triste de verdade, pois isso deve doer nela, mesmo que de forma inconsciente.


E quem sou eu pra julgar o outro?

Logo eu, aqui, ainda aluna nessa vida…


Mas percebemos também que não somos tão pequenos assim.



A falta do mínimo do outro não diminui em nada a nossa grandiosidade, pelo contrário, ela ainda nos é a oportunidade de amadurecer, desapegar, deixar de fato de se importar com o que não é recíproco nos ensinando a arte de se reconhecer, saber o seu valor, o que você merece, o que você planta, de se enxergar e não mais deixar que nada, nem ninguém nos faça sentir insignificante.


Om Namah Shivaya!


E tudo isso com amor, entendendo a limitação do outro com amor.


Shiva me mostrou o quanto repeti ciclos dolorosos pelo simples fato de fingir que a dor não existia.


Apenas segui…


Machucada e machucando os outros…


Foi necessário deixar ir, abrir espaço em mim.



Nesse processo de autoconhecimento, percebi comportamentos familiares que eu não preciso mais repetir, entendi o que preciso liberar de crenças limitantes que adquiri ao longo da vida.

E todo esse processo em pleno inverno, passando por Mercúrio retrógrado.

Isso foi intenso demais!!!


Precisei “entrar na caverna” e cuidar de cada pedacinho de mim.


Sou livre pra honrar meus pais e livre pra agir.


Sou livre para me manifestar como minha consciência aprovar.


Aos poucos Shiva me fez enxergar quem sou e me relembrou meus sonhos de menina e meu propósito de vida.


Ele me reconstruiu.

Fazendo-me recordar quem sou.



Eu sou amor!

Eu sou lealdade!

Eu sou amizade!

Eu sou perdão!

Eu sou porto seguro!

Eu sou prosperidade!

Eu sou coragem!

Eu sou luz!


E aqui me acolho.



O que é meu chega sem esforço, sem dor.

Chega e se conecta.


Gratidão Shiva, nesse inverno que pra mim foi rigoroso, gelado, mas necessário, percebi que há calor suficiente em mim.


Eu precisava perceber que eu dou conta de me aquecer.


Libero tudo que não me faz mais crescer e só suga minha vontade de viver, libero todos os ciclos que não me auxiliam no meu propósito de vida e que só fique o que realmente for para somar.



Liberto a todos que cruzaram seu caminho de dor com o meu, peço perdão por vibrar na mesma sintonia de dor que nos uniu para o aprendizado.

E agradeço por cada presente que tanto me ensinou, em mim só deixo amor e gratidão.


Toda conexão é uma oportunidade de cura.


Sinto-me pronta para sair da caverna e me permito florescer 🌼


Ahhh! A primavera está chegando, já sinto o calor da vida fluindo, pulsando…


Percebi que não desisir de mantrar me trouxe tantas respostas que eu fingia não estar buscando e também me revelou sobre o meu sonho mais profundo e o porquê sempre me afasto dele.



Para uma semente germinar, precisamos regar, cuidar…


Mas se teimar deixar o tempo sozinho cuidar, aceite as consequências sem pesar.


Antes de colher, precisamos aguardar o momento certo, nem antes, porém nem depois.


Não desperdice seu plantio, valorize seu tempo investido e proteja sua colheita.


Mas se alguma praga chegar, não se coloque como vítima, resista, mantenha-se firme .


Compreenda o aprendizado por trás.


E se necessário for, somente se necessário, plante novamente em outra terra mais rica.


Om Namah Shivaya!


A vida se manifesta da forma como se manifesta, não lute contra.


Apenas faça a sua parte.


Não fuja.


Tudo que não for resolvido internamente, será repetido até o entendimento e o perdão chegar para te libertar. Isso pode levar anos…

Então sinta, olha pra dor com afeto e se pega no colo, mas coragem, não perca tempo, pois ele passa e não volta.


Gratidão Shiva!


Tudo que chegar será para somar porque eu entendi…


Sou uma soma do caralho!


Om Namah Shivaya 🔥


Livre sou ☀️🌸



 

Prazer! Eu me chamo Giselle, sou universalista, tenho 36 anos e sou a taurina mais ariana que você vai conhecer. Sou filha do vento e do fogo.

Esse espaço utilizo para me expressar, falar do que ressoa com meu coração.

Ainda aluna, é assim que me sinto nessa vida, em constante mudança, aprendendo a cada passo.

Vou compartilhar com vocês sobre fotografia, pintura, teatro, espiritualidade e aprendizados que tive com a madrecita Ayahuasca, o Espírito vivo da Floresta e todas as medicinas de cura que tive a oportunidade de me conectar.

Um cantinho de cura pra mim e oportunidade de deixar meu coração se conectar com o seu.




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